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Sismicidade do sistema transformante de São Paulo, no Atlântico Equatorial, de janeiro - julho de 2013
The Equatorial Atlantic is formed by several slow-slipping ridges and transform faults also associated with inactive fracture zones. Among these, the St. Paul Transform System (SPTS) is a complex multi-fault with four faults and three intra-transform segments with a long-offset of 630 km. In the northern transform, the 200 km long and 30 km wide Atobá Ridge is a major topographic feature that reaches the sea level at the St. Peter and St. Paul Archipelago (SPSPA). We have determined the hypocentral location of 62 minor-moderate earthquakes of SPTS. The earthquakes occurred in 2013 and were recorded by a seismometer installed in SPSPA and three hydrophones deployed during the COLMEIA cruise. A seismogenic zone with a deep brittle-ductile transition was identified in SPTS, with hypocenters reaching 18 km beneath the seafloor. We observed that this lithospheric structure presents relation with the offset age and controls the maximum hypocentral depths of oceanic transform faults. Besides, the earthquakes indicated the existence of a broad serpentinization depth reaching 18 km beneath the Atobá Ridge. We interpreted this as an effect of deep-water percolation into the mantle in the SPTS, which cause a fluid-mantle rocks interaction and allowed the growth of faults into the mantle. Some hypocenters were in the central fracture zone (CFZ) segment of SPTS and their depths reached 8.8 km beneath the seafloor. We interpreted this seismicity as reactivation of a weakness zone existent in CFZ, which occurred due to the transpressive load-induced stress from the Atobá Ridge.
O Atlântico Equatorial é formado por diversas dorsais e falhas transformantes de escorregamento lento. Entre elas, o Sistema Transformante de São Paulo (STSP) é um complexo transformante, que se estende por 630 km, formado por múltiplas transformantes sendo quatro falhas e três segmentos intra-transformante. Na parte norte do STSP, a Zona da Serra do Atobá (ZSA) com 200 km de comprimento e 30 km de largura, é uma importante formação que atinge o nível do mar formando o Arquipélago de São Pedro e São Paulo (ASPSP). Foi realizado a localização hipocentral de 62 tremores do STSP. Eles ocorreram no ano de 2013, e foram registrados por um sismômetro instalado no ASPSP e três hidrofones implantados durante o cruzeiro COLMEIA. Usando os hipocentros, foi identificado uma zona sismogênica com profunda de transição frágil-dúctil à 18 km abaixo do oceano. Observamos que essa estrutura litosférica apresenta relação com a idade de deslocamento da transformante, na qual pode controlar as profundidades hipocentrais nas falhas transformantes do oceano. Além disso, os terremotos indicaram a existência de uma ampla extensão na profundidade da área de serpentinização, atingindo até 18 km abaixo da ZSA. Nós interpretamos isso como um efeito da percolação de águas em falhas e que possibilitam que elas atinjam até o manto abaixo do STSP, o que causa uma interação de rochas fluido-manto e o crescimento das falhas até o manto. Alguns hipocentros estavam localizados no segmento da Zona de Fratura Central (ZFC) e com profundidades que atingiam 8,8 km abaixo do fundo do mar. Nós interpretamos isso como a reativação de uma zona de fraqueza existente na ZFC, na qual ocorreu devido estresse induzido pela carga transpressiva da ZSA.
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