L’embouchure du fleuve Amazone, considéré comme le plus grand fleuve du monde en étendue et en volume d'eau, est une macro frontière géomorphologique entre deux grands ensembles côtiers amazoniens, celui des Guyanes (entre l’Amapá et le Venezuela) et celui du Pará/Maranhão (nord du Brésil). L´embouchure du grand fleuve est aussi un domaine géologique remarquable entre la plateforme de l’Amapá, le bassin de Marajó et la plateforme Pará-Maranhão. L’essai ici présenté fait référence à de très nombreux travaux multidisciplinaires passés et actuels et aux avancées des outils satellitaires de suivi environnemental. Son objectif principal est d’analyser le rôle de l’embouchure en tant que seuil de passage et de rencontre aux niveaux régional et local. L’approche méthodologique et géomorphologique est fondée sur la taxonomie des faits et sur la notion dialectique de type et d’individu. Les considérations finales traitent des indicateurs environnementaux et examinent quelques tendances évolutives du littoral amazonien.

Avertissement : ce texte constitue la première partie de l'Article. La seconde partie de la Synthèse sera publiée au prochain numéro de CONFINS.

The Mouth of the Amazon River, considered to be the largest river on Earth, is a geomorphological macro-frontier between two coastal blocks : the Guiana Shield coastal fringe (from Amapa to Venezuela) and the Para/Maranhao block (North Brazil). It also constitutes a vast geological domain that links the Amapa Platform, the Marajo Basin and the Para/Maranhao Platform. This Paper brings a synthetic view on this coastal compartment. It refers to a large number of multidisciplinary scientific results, and to remote sensing breakthroughs in environmental monitoring. The main purpose of the Paper is to enlight the role of the Mouth as a threshold in regional and local dinamics and processes. The geomorphological analysis relies on a taxonomy of facts and on dialectics between types and individuals. Final considerations are focused on environmental indicators and on current trends in coastal evolution in the Amazon.

Warning : this text constitutes the first Part of the Paper. The second Part of the Paper will be published in the next volume of CONFINS.

A desembocadura do rio Amazonas, considerado como um dos maiores rios do mundo em extensão e em volume de água, é uma macro-fronteira geomorfológica singular separando dois grandes e significativos compartimentos costeiros : o das Guianas (entre o Amapá e a Venezuela) e o do Pará/Maranhão (norte do Brasil). O estuário do grande rio é também um importante domínio geológico entre a plataforma do Amapá, a bacia de Marajó e a plataforma Pará/Maranhão. A síntese aqui apresentada refere-se a numerosos trabalhos multidisciplinares passados e atuais, assim como aos avanços das ferramentas satelitais de monitoramento ambiental. O objetivo principal é analisar o papel da desembocadura como limiar de passagem e de encontro aos níveis regionais e locais. A abordagem metodológica e geomorfológica é fundada sobre a taxonomia dos fatos e sobre a noção dialéctica entre tipo e indivíduos. As consideraçoes finais passam em revista alguns indicadores ambientais em conjunção com tendências evolutivas do litoral amazônico.

Aviso : este texto constitui a primeira parte do artigo. Sua segunda parte serà publicada no próximo volume da CONFINS.